HTML 5 – Um pouco de História

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HTML é a abreviação para Hypertext Markup Language (Linguagem de Marcação de Hypertexto);. Hypertexto são elementos, ou nós, que estão ligados por algum tipo de conexão, estes elementos podem ser blocos de texto, imagens, vídeos, áudios e arquivos, quando conectados, estes elementos, formam uma gigantesca rede de informações.

A linguagem HTML foi criada por Tim Berners-Lee, a mesma pessoa que idealizou o protocolo HTTP, e ganhou popularidade na década de 1990 com o desenvolvimento do browser Mosaic, por Marc Andreessen.

O HTML foi desenvolvido para ser uma linguagem independente de plataforma, desta forma, um mesmo código pode ser lido e executado por diversos dispositivos; evitando, assim, que a WEB fosse baseada em tecnologias proprietárias e formatos incompatíveis. Mas o processo para padronizar o seu uso não foi simples; somente em 1997, com a verão 3.2 do HTML, é que o W3C, responsável pela padronização da linguagem, consegue que a ela fosse tratada como prática comum.

Por volta de 1998, a W3C congelou o desenvolvimento do HTML na versão 4.01, neste período o grupo de trabalho estava focado na tecnologia XML, que era apontada como a solução para vários problemas, incluindo a padronização da linguagem de marcação; desta forma foi lançada a nova especificação denominada XHTML, combinando a linguagem de marcação HTML com a sintaxe do XML.

O XHTML fornecia uma estrutura na qual os desenvolvedores eram direcionados à produzirem códigos válidos e bem estruturados; devido ao impacto positivo desta especificação, o W3C, iniciou o desenvolvimento da versão 2.0, a qual apresentava várias mudanças na linguagem e que por sua vez quebraria a retrocompatibilidade em detrimento de uma especificação melhor projetada e com estruturas mais lógicas.

Todavia o esforço do W3C não foi apoiado por toda a comunidade, principalmente pela equipe do Opera; da Mozilla, da Apple e do Google, que fundaram o WHATWG (Web Hypertext Application Technology Work Group) e iniciaram o desenvolvimento da especificação Web Applications, eles buscavam uma versão do HTML que fornecesse mais flexibilidade.

Em meados de outubro de 2016 o WHATWG ganha, ainda mais, força pois Tim Berners-Lee anuncia que passaria a trabalhar com o grupo no desenvolvimento do HTML5. Neste mesmo ano, o W3C percebe que havia sido muito otimista com o XHTML e o HTML Working Group, do W3C, se reúne e volta a favor da adoção da especificação do WHATWG como base para a nova versão do HTML, e desta forma o HTML5 vem sendo desenvolvido paralelamente pela equipe do W3C e do WHATWG.

A filosofia do HTML5

A filosofia e os princípios do HTML5 são definidos no texto “HTML Design Principles” do W3C (https://www.w3.org/TR/html-design-principles/), dentre princípios identificados naquele testo podemos destacar:

1. Especificar comportamentos que sejam interoperáveis, nos navegadores atuais
2. Definir o processo de manipulação de erros
3. Prover uma linguagem mais simples para autoria de aplicações web
Baseado nestes princípios, um dos primeiros esforços do grupo que trabalha na especificação da linguagem, foi documentar todas as funcionalidades oferecidas pelos navegadores e que seriam suportadas pela nova versão do HTML, evitando que cada grupo implementasse estas funcionalidades na base do “achismo”. Um dos bônus desta padronização e do uso de regras não-ambíguas de interpretação é que as páginas antigas continuarão funcionando com interoperabilidade.

Com o HTML5, está sendo definido sem ambiguidades, como os agentes devem manipular as marcações inválidas; antes cada navegador era livre para decidir como reproduzir códigos inválidos, ou simplesmente mal escritos, desta forma cada navegador poderia construir uma “DOM” diferente para a mesma página. As DOMs diferentes podem fazer com que o CSS estilize a página de forma totalmente diferente, assim como, pode dificultar a execução dos Javascripts; ou seja, uma DOM consistente é tão importante quanto o projeto do HTML; para garantir uma maior interoperabilidade e manipulação dos erros a DOM deve ser idêntica nos vários agentes (navegadores).

Tanto o grupo do W3C quanto o do WHATWG concordam que o HTML5, poderá discordar de outras especificações em prol da retro-compatibilidade, assim como, que o HTML5 define o que os navegadores devem fazer, em vez de apenas de sugerir o que deve ser feito.

Referências

  1. Lawson, Bruce; Sharp, Remy, Introdução ao HTML 5, Ed. Alta Books, 2011
  2. w3schools.com; HTML5 Tutorial; disponível na URL https://www.w3schools.com/html/default.asp, e acessado pela ultima vez no dia 31 de Janeiro de 2018